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Como juntar dinheiro para estudar fora

Colunista do Estudar Fora - 30/10/2018
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Você já definiu que quer estudar fora. Ótimo: chegar à essa conclusão é o primeiro passo para planejar a vida, daqui pra frente. O cenário fica ainda mais favorável se você já souber para onde quer ir e quanto pretende gastar no país de destino.

Quando colocamos todos esses dados no papel é que percebemos que o sonho de estudar fora é possível, mas não é barato. Ele exige alguns sacrifícios de quem batalha duro para conquistar o objetivo de ter uma experiência desse porte no currículo. A boa notícia é que uma viagem internacional de estudos vale cada centavo.

É comum que, para conseguir juntar dinheiro em prazos mais apertados, os futuros estudantes internacionais façam concessões para o complemento da renda, como diminuir temporariamente o padrão de vida ou abraçar a vida de freelancer.

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Não importa o que você escolha, a saída nunca dará certo se você não tiver outras atitudes conscientes acerca das finanças, como pesquisar muito antes de realizar uma compra e nunca, em hipótese alguma, comprar por impulso. Isso parece impossível para muita gente que já tem o hábito de não pensar muito antes de colocar a mão na carteira, mas faz toda a diferença quando a meta é clara e está se aproximando.

Por isso, fizemos um apanhado com cinco dicas de economia focadas para pessoas que precisam juntar dinheiro enquanto trabalham – e muito – para pagar as contas atuais, ainda que tenham decidido estudar fora. Afinal, não é porque você toma essa decisão que os boletos vão parar de chegar na sua casa.

#1 Deixe os supérfluos de lado

Absolutamente tudo o que você não precisa para viver por mais um dia é um item supérfluo. Um sapato novo, um novo jogo de vídeo game, a pizza gigante da sexta-feira e o passeio de pedalinho no parque são apenas alguns exemplos de coisas que não vão matar caso você decida não gastar dinheiro com elas.

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Para ficar mais claro, vamos à lista do que não pode faltar na sua vida antes que você parta em uma nova aventura: comida, água, aluguel, energia, luz, internet, algumas peças de roupa e uns três tipos de sapato. Pronto: isso é que você tem que dar conta de pagar. Universidade e plano de saúde também podem entrar nessa lista, mas, como você pode perceber, ir ao cinema três vezes por semana não é uma opção nesse momento.

Ao ter uma listinha fechada do que é essencial para sua vida, atenha-se a ela e não saia dos trilhos. Você vai ver que, além de economizar bastante, estava era gastando muito com bobagens.

#2 Coma em casa

E por falar em bobagem, parece uma, mas faz todo sentido: deixar de comer na rua pode gerar uma economia tremenda. Isso porque gastar em restaurantes e lanchonetes acaba totalizando uma quantia razoável no fim do mês, muitas vezes maior do que a compra de supermercado para todas as refeições por 30 dias.

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Se você almoçar em casa todos os dias ou, pelo menos, levar uma marmita algumas vezes na semana, já estará salvando uma boa grana para seu cofrinho de viagem.

#3 Crie prazos para objetivos financeiros

Não adianta nada seguir as dicas acima se você não souber quando é que quer estudar fora. Dessa forma, qualquer planejamento que você tente fazer soa tão abstrato que a economia não acontece.

“Quero morar fora um dia” é muito diferente de “quero já estar morando fora no próximo natal”. Quando você coloca uma data, também estabelece um senso de urgência para sua nova rotina econômica e começa a converter qualquer compra em custo-benefício relacionado à viagem.

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Por isso, tenha um prazo para seu sonho de estudar fora e, de preferência, já compre pelo menos a passagem. Quanto mais real for seu plano, mais meios você vai encontrar de fazer seu dinheiro render.

#4 Peça descontos

Se a vontade ou necessidade de comprar algo que não estava planejado for maior do que a força para juntar dinheiro, lembre-se de pedir descontos nos itens, principalmente para compras à vista.

Aprenda a negociar de forma que as pessoas que estão vendendo algo acabem entendendo seu lado e cheguem a uma conclusão favorável para você. Por exemplo: toda loja tem uma margem para ser negociada em uma compra em dinheiro, já que os produtos já contam com a taxa da maquininha do cartão.

Se você tiver dinheiro vivo pra pagar pelos seus bens e serviços, e conhecimentos básicos de negociação, vai conseguir juntar um dinheirinho extra até sua data de embarque.

#5 Invista

Por fim, não deixe seu dinheiro parado na conta corrente ou na poupança esperando que eles fiquem paradinhos a esperar: invista cada centavo em fundos que podem fazê-lo render e ajudar a “ganhar” dinheiro sem fazer absolutamente nada.

Quanto mais dinheiro investido, maior o rendimento mensal em várias modalidades de investimento. Por que, então, dar a bobeira de “guardá-lo” em aplicações que não vão dar o “benefício” dos juros compostos?

Hoje é possível fazer diversas simulações a partir de instituições que gerenciam fundos monetários e ver, em tempo real, qual seria seu retorno após um tempo “esquecido” em uma carteira de investimentos.

Gostou das dicas para economizar e partir para outros países? Se tiver outra dica boa que não abordamos aqui, deixe nos comentários!

Sobre o autor

Lucas Lima é sócio-fundador e CEO da Profissas. Graduado em Marketing pela universidade e em Empreendedorismo pela vida. Também é professor de Liderança e metido a aventureiro nas horas vagas.

Crowdfunding também ajuda a estudar no exterior

Outra forma de conseguir financiar os estudos fora do país é o crowdfunding, que ganhou visibilidade nos últimos anos. Diversos estudantes aprovados nas melhores universidades do mundo já recorreram à “vaquinha online” para financiar suas viagens. É o caso, por exemplo, de Jessé Candido, de 18 anos, que em 2014 contou com o crowdfunding para arrecadar o valor necessário para ir à Universidade Stanford, no EUA. E deu certo: em poucos dias, ele conseguiu mais de R$ 16 mil, valor que ultrapassou significativamente a meta dele, que era de R$ 10 mil.

Outro caso de sucesso é o do Renan Kuntz, que realizou um crowdfunding para ir cursar a graduação na Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos. Embora ele tenha recebido uma bolsa generosa da universidade, as despesas restantes ainda eram muito altas: faltavam 20 mil reais. Através de crowdfunding, ele conseguiu 25 mil – e explica no vídeo abaixo quais foram os fatores mais importantes para o seu sucesso:

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Os colunistas são estudantes e especialistas convidados pelo Estudar Fora para compartilhar sua experiência. É neste espaço que você verá relatos em primeira pessoa dos estudantes ou orientação especializada de profissionais que atuam com estudos no exterior.

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